Na última sexta-feira, dia 14 de agosto, um vídeo na galeria de arte do artista Romero Britto, tomou as redes sociais, dividindo opiniões e julgando distintas interpretações, quando uma mulher entrou em sua galeria irritada pelo comportamento arrogante e mesquinho em seu estabelicimento, em que ela alegou de Britto ter sido grosso e mal educado com um de seus funcionários, e depois quebrou uma peça que ela havia ganhado de seu marido, dizendo que toda a admiração que ela tinha por ele, já não existia mais.
Após isso, o próprio artista plástico foi em seu Instagram e compartilhou um vídeo montagem, dizendo quão era influente em relação a tantas pessoas importantes que conheciam seu trabalho. Todavia, ele não explicou o porque tratou os empregados do estabelicimento em frente a sua galeria de forma tão bruta e grosseira.
Desde então, essa ação está levantando alguns debates, contra e em prol à Britto, dizendo que a mulher que foi desespeitosa e ofendeu ao artista, por ele ser nordestino e ela ter falado em espanhol, porém em momento algum foi citado a etnia dele, apenas a maneira de como ele tratou um dos empregados dela, para exaltar sua fama e seu ego.
Agora me digam, o que falar espanhol a um latino que vive em Miami tem em relação na pauta? Lembrando que a cidade estadunidense, é uma das que mais falam espanhol nos Estados Unidos, sendo que mais da metade da população fala o idioma hispânico e a outra metade, mescla entre um "Spanglish".
Talvez esse discurso seja meio hipócrita para defender um comportamento mesquinho, arrogante e egocêntrico, de um artista que fez fama através de uma elite que só se importa com consigo mesmo, sem pouco olhar para o lado quando não há holofotes para exaltar suas boas ações. Além disso, chega de tentar tirar o Brasil da América Latina, achando que só porque não falamos espanhol, não pertencemos a essa origem tão rica e bela quão a latina, nós somos sim latinos e com muito orgulho, nossa língua só foi uma questão de um tratado mal intencionando entre os portugueses e os espanhóis, e não porque somos superiores porque não falamos como nossos vizinhos.
Mas, a questão em si, é em relação a educação e como você se porta quando está sozinho, sem luzes e flashes ao seu redor, não importa se você é o Papa, o Barack Obama, os Backstreet Boys ou um artista de rua, ter respeito e cumplicidade é algo inerente que todo ser humano deveria ter com seu semelhante, não é porque ele está num cargo inferior ao seu que é menos do que você, então irá julgar e dsmerecer por isso. Porém, essa pessoa tem uma história e uma luta a ser conquistada diariamente, em que apenas ela sabe quão árduo é atingir cada degrau de sua vida, onde todo dia ela busca se fortalecer e vencer os obstáculos.
Então, a questão não é de onde ou quem ele seja, mas sim, como sim, como trata as pessoas quando ninguém está olhando, sendo essa uma relação cada vez mais difícil de interpretar nos dias de hoje, com multi-redes conectadas e câmeras por todos os lados em que estamos, onde no Instagram há um mundo de perfeição, mas longe destas pequenas telas, ninguém se olha mais nos olhos, e tampouco têm uma conversa amigável e solícita, sem apontar e julgar os outros pelo que você é.
Vamos abrir nossas mentes e compactuar de uma ação ímpar e compartilhada de humildade e solidariedade entre outros, e não apenas tacar a pedra quando ninguém estiver olhando e depois se vitimizar para parecer o bom saramitano que é amigo de todos.
Quer valorizar de verdade os artistas nacionais, começa por aquele amigo ou parente que está há anos lutando para ter seu trabalho reconhecido e nunca teve uma oportunidade, depois, analise bem como essas pessoas tratam as outras que estão abaixo delas e quando ninguém está olhando, pois humildade, não é se fazer de vítima para conquistar seu espaço, mas sim, enxergar o outro como você gostaria de ser visto.
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