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"Ils ne sont pas Charlie!"


Enquanto o mundo chora pelos franceses mortos na última semana, vítimas do fundamentalismo islâmico, muitos nigerianos são exterminados, em um conflito sangrento e também vítimas do extremismo religioso. 

Muitas mulheres, crianças e inocentes que não tinham só queriam viver em paz e ser feliz em sua rotina pobre e pacata, mas que mesmo assim pouco importou para o mundo, afinal todos estavam muito comovidos chorando pela França.

Pessoas como eu, você, qualquer outra, que tem sonhos e realizações, mas que não estamparam as primeiras páginas dos jornais, ninguém se manifestou em prol à eles nas ruas de suas cidades e tampouco compartilham mensagens solidárias nas redes sociais.

Um mundo insignificante diante a essa população de bilhões de hipócritas, que apenas se preocupa com o que acontece no eixo Europa e Estados Unidos, enquanto a África é vista como um câncer, que apenas traz malefícios ao planeta.

Afinal, quem se importa olhar para lá, quando a maioria da população são negros e pobres, sem nada oferecer ao mundo como sociedade.

Do que adianta olharmos apenas para o norte, enquanto o sul é devastado e tão aterrorizado quão as vítimas mais ricas e poderosas?

Somos sete bilhões de habitantes, em um mundo imensamente grande o suficiente para um depender do outro, pois se hoje a África pouco importa ao restante do mundo, na época das monarquias eram desse "câncer" que eles tiravam seus ouros e seus escravos para os servirem. E hoje, interessam o que fazem ou deixam de fazer, são ignorados diante a uma situação tão agravante quão vive atualmente.

O Arcebispo da cidade de Jos, Ignatius Kaigama pede para que os militantes que compartilham a dor e comoção dos atentados na França, olhem para o que acontece no nordeste da Nigéria com a mesma atenção.

“É uma tragédia monumental. Deixou a todos na Nigéria muito tristes. Mas parece que estamos desamparados. Porque, se fossemos capazes de deter o Boko Haram, já o teríamos feito. Eles continuam a atacar, matar e a tomar territórios impunemente”, disse Kaigama.

Por isso, não olhemos apenas para os poderosos e nos comovemos como se apenas estadunidenses e europeus fossem vítimas do sistema, pois na maioria das vezes eles mais opressores do que aqueles que nem mesmo sabemos quem são. 

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