São Paulo é uma megalópole acinzentada e cheia de vias para veículos transitarem livremente, porém há algum desses lugares que pensaram tanto nos carros, que os pedestres não têm vez nem mesmo na hora de atravessar a rua, com tempo reduzido em relação aos automóveis.
Esses semáforos podem ser encontrados em alguns cruzamentos na região norte de São Paulo, onde os moradores não estão satisfeitos com essa insuficiência para percorrer nas vias.
Entre essas, os cidadãos dos bairros da Vila Maria, Jardim Brasil e Tucuruvi, respectivamente no cruzamento da Rua Curuçá com a Avenida Guilherme Cothing, na Avenida Jardim Japão com a Roland Garros e por fim, na Avenida Tucuruvi, enfrente a Escola Estadual Silva Jardim, e também em frente ao terminal do Shopping Metrô Tucuruvi, que lá além de ficar próximo da estação de metrô, o risco aumenta já que existem colégios nas proximidades, serviços de atendimento público, no prédio da subprefeitura Tucuruvi/ Santana, onde o acumulo de idosos e pessoas com crianças de colo são maiores, aumentando o risco no cruzamento.
Alguns moradores, como o aposentado Francisco Neves, 63, diz “que o tempo é curto, e o risco de atropelamento é inevitável. Ainda mais que na travessia da Rua Curuçá com a Avenida Guilherme Cothing os motoristas atravessam como loucos, mal notam uma base da polícia comunitária que há na Praça Santo Eduardo”.
Já o técnico de telecomunicações, Edson Santos, 50, aponta que “o tempo aproximado para concluir a travessia não passa de 18 segundos, quase nunca há interferência policial ou então, da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), e quando aparecem, apenas visam ao tráfego dos veículos, ignorando os pedestres que lá transitam, piorando o cruzamento”. Por outro lado, Edson elogiou que as vias para os motoristas, alegando que “melhoraram 70% em relação à anteriormente”.
A moradora da região do Tucuruvi e estudante de psicologia, Ana Carolina Leite, 25, disse que os semáforos priorizam mais aos carros, e os pedestres tem de correrem para concluir a travessia; “O tempo de espera para atravessar a rua é um piscar de olhos e o bonequinho já está vermelho de novo”.
Assim também diz a assistente social, Niéli Cicareli, 23, afirma que “dependendo do semáforo o bonequinho já pisca na metade da travessia”. Além do mais, ela ainda disse que os motoristas são impacientes com os pedestres, e apressam a travessia, principalmente para os mais velhos, que tem a mobilidade reduzida e quase sempre não concluem a travessia no tempo média dos semáforos; “sempre ouço os motoristas "xingando" alguns idosos que demoram demais”.
Enquanto a população reclama dos semáforos, a CET informou que em 2012, mais de 2.300 semáforos foram reconfigurados e tiveram sua programação alterada, e o tempo de verde é dimensionado para iniciar as pessoas de que elas podem concluir a travessia, já o tempo de vermelho piscante está maior, para sinalizar ao pedestre o tempo suficiente para concluir a travessia com conforto e segurança, mesmo quando iniciada no último segundo do verde.
Todavia, na prática isso não é aplicado, já que as reclamações são muitas e o número de motoristas desrespeitosos é ímpar, dificultando o convívio social entre pedestre e condutores nas vias.
Por: Patrícia Visconti
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