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Foto por: Patrícia Visconti |
Gritos de ordem, coro de motivação e uma longa passeata levou jovens, estudantes e trabalhadores a um manifesto em prol a redução da tarifa de ônibus em São Paulo e em diversas outras capitais e cidades do país, porém não era apenas a tarifa que o motivou muitas pessoas a irem às ruas, já que como dizia em muitos cartazes de vários manifestantes que foram aos protestos; "Não é só por R$ 0,20!".
O população saiu da inércia, cansou de assistir tudo na arquibancada enquanto estupram nosso país, e ainda deixam a conta para nós pagarmos. Uma gente que aguentou calada todos esses anos e apenas observava pela fresta da fechadura, e quando o Brasil se preparava um dos maiores eventos de 2013 - a Copa das Confederações -, o povo acordou e foi às ruas e os governantes não esperavam por essa reação, então de primeiro plano a opressão era solução, afinal o Estado não sabia como conter a manifestação.
Os dias se passaram e a população não saiu das ruas, e os protestos continuaram, a juventude seguiu em busca de seu objetivo e perseverou na causa, e milhões e milhões de pessoas se juntaram ao manifesto, para a revogação do aumento da tarifa, contra a corrupção, aos políticos, a Copa do Mundo, e tudo mais que estava entalado na garganta de todos os brasileiros. A soma de problemas era imensa e a vontade de gritar, maior ainda.
A rua era do povo e nenhum policial iria nos barrar, onde passávamos o público aplaudia e dava apoio à ação. Policiais foram proibidos de impedir a população de lutar pelos seus direitos, apenas reprimiam aqueles que depredavam e tentavam estragar o protesto, como ocorreu em frente e nas proximidades da prefeitura de São Paulo e em órgãos públicos de outras cidades, como no Estado do Rio de Janeiro, Minas Gerais e Curitiba, mas essa era apenas uma pequena parte de arruaceiros que estavam prontos para colocar o terror e acabar com a bela passeata democrática da população.
Mas isso não estragou a dedicação das pessoas em prol ao seu objetivo, pois ainda esperavam uma resposta de seus governantes, que até então só iria sair na sexta-feira (21), mas após uma reunião na noite anterior (terça-feira, 18) de Haddad, Lula e a presidente Dilma Rousseff, na quarta-feira, dia 19 de junho, o prefeito em concordância com o governador Geraldo Alckimin revogaram o aumento das passagens, fazendo a alegria do povo que mostrou o verdadeiro orgulho por seu país. Porém, uma batalha foi vencida, mas a guerra ainda há de continuar, pois o Brasil é do povo e o povo vai persistir requerendo por seus direitos, já que um novo país está surgindo a partir de agora.
Chega de inércia, ociosidade e descaso contra ao que é nosso, hoje o povo é mais brasileiro, e não deixará que nada abale quando o mal nos afrontar, pois se não corrermos atrás do que almejamos nada iremos conquistar, pois o Brasil é nosso e somos nós que iremos decidir o que fazer com ele.
Ninguém há de nos manipular com notícias que ludibriam e alienam as pessoas e cegando-nos e fazendo com que não pensamos, não agimos e não façamos pelos nossos direitos. Cansamos de ser otários e enganados por qualquer um que diga o que temos que fazer.
Esse é o Brasil da geração que nasceu em plena mudança e viveu em pleno comodismo da sociedade, mas nós crescemos e percebemos que cruzar os braços não nós faz mais ou menos brasileiros, muito pelo contrário, faz com que eles tomem conta.
O Brasil renasceu para o povo, e não haverá policiais, bombas e balas de borracha que irá nos calar. A partir de agora, os brasileiros decidirão como a banda irá tocar. Essa é a nova democracia, que nasceu do povo para o povo. Uma nova nação para a uma nova geração, que ainda estamos construindo para que no futuro tenhamos uma país mais digno e justo para se viver, com mais transparência e honestidade para um população que só quer integridade.
Por: Patricia Visconti
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