Como pode haver tamanha contradição em fatos tão reais e visíveis perante aos olhos de quem vive todo o tempo naquela vivência.
Baseado em acontecimentos reais, onde o rico e o pobre moram no mesmo lugar, mas vivem em situações totalmente opostas.
De um lado a sexta economia mundial, Brazil, um jovem com muitos anseios e vontade crescer. Do outro, Brasil, outro jovem, com muitos sonhos e em um ser virtuoso, que sonha ao máximo, pois é a única coisa que não há impostos embutidos para realizá-los (pelo menos ainda não há). Encontrando-se na antepenúltima posição dos mais miseráveis do mundo.
Desde então, eles são irmãos, gêmeos e nascidos no mesmo dia. Quando eles se encontram parecem que nunca terem se conhecido.
O Brasil pobre vivia bem e feliz, com seus colegas Zimbábue, Angola, Costa do Marfim, Somália e entre outros que viviam pela África e alguns da América Central. Batiam um bolinha nos fins de semana, uma cervejinha de vez em quando e claro, muito trabalho para sustentar os 15 filhos em que somente os três mais velhos estudavam.
Enquanto seu irmão gêmeo Brazil, só vivia entre os ricos e famosos, champagne e caviar era apertivos antes do jantar.
Todo mundo queria estar junto dele, sempre divertido e carismático com esses novos amigos.
Amigos até então falidos, mas mantendo a pose, sem caírem da cavalo, afinal quando se chega no topo não se quer sair de lá nunca. Chineses, Estadunidenses, Europeus, todos queriam estar ao lado de Brazil.
Brazil se fazia de humilde perto deles, usava chinelo de borracha, bebia cachaça e até para o Corinthians torcia. Mas quando Brazil se encontrava com seu irmão Brasil, sempre o esnobava e o tratava com arrogância e desdém, querendo mostrar o seu poder. Poder conquistado por status, mas também por trabalhadores como Brasil, que sustenta sua família com uma merreca de da dó.
Uma contradição surreal e totalmente parcial, em que as verbas mal distribuídas acabam indo para as mãos erradas e enriquecendo uns e deixando outros na miséria, contado centavinhos para comprar o pão de cada dia, para alimentar sua família.
Enquanto do outro lado, dinheiro é esbanjado para pagar dívidas externas dos outros e deixar os internos na necessidade, sem ao menos o básico para sobreviver.
Até quando os ricos esbanjaram lá fora, enquanto aqui dentro há uma nação carente precisando mis do que auxílio, mas também atenção e respeito com uma cultura nacional, tão explorada e comentada lá fora, mas pouco valorizada e conquistada aqui dentro.
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"Do que adianta ostentar e esnobar tanto, se no final todos vão para o mesmo lugar." |
É isso ai...
Até a próxima e boa semana a todos!
Patricia Visconti
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